NA LUZ DA VERDADE (Edição de 1931)


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84. Criatura humana

Sempre de novo surgem novas ondas de indignação e lançam seus círculos sobre Estados e países, provocadas por minha afirmação de que a humanidade nada tem de divino em si. Isso mostra quão profundamente a presunção lançou raízes nas almas humanas, e com que má vontade estas querem se separar disso, mesmo quando sua intuição, advertindo aqui e acolá, já surja à tona, e deixe-as reconhecer, contudo, que finalmente tem de ser assim.

O relutar, no entanto, em nada modifica o facto. Os espíritos humanos são até ainda menores, mais insignificantes do que julgam, quando já tiverem chegado interiormente à convicção de que lhes falta tudo o que se refere ao divino.

Por isso, quero ir ainda além do que até agora, estender mais um pouco ainda a Criação, a fim de mostrar a que degrau pertence o ser humano. Não é bem possível que possa iniciar com a ascensão, sem antes saber exactamente o que ele é e o que ele pode. Uma vez ciente disso, então sabe finalmente também ainda o que deve!

Isso, porém, é uma grande diferença em relação a tudo o que ele hoje quer! E que diferença!

Não desperta mais piedade naquele, a quem é concedido ver claramente. Entendo com “ver” não a visão de um vidente, mas a de um sábio. Ao invés de misericórdia e compaixão, há de surgir agora apenas ainda ira. Ira e desprezo por causa da ilimitada arrogância perante Deus, que centenas de milhares, em sua presunção, praticam diariamente e a toda hora, renovadamente. Numa presunção que não encerra nem uma sombra de saber. Não vale a pena perder nisso uma palavra sequer.

O que eu disser doravante destina-se àqueles poucos que, devido à sua pura humildade, ainda podem chegar a certo reconhecimento, sem terem antes de ser tão arrasados, conforme acontecerá brevemente segundo as leis divinas, para finalmente proporcionar ingresso à Sua verdadeira Palavra, e abrir solo fértil para tanto!

Toda a vazia e eloquente obra mal feita dos que se julgam sabidos terrenalmente cairá em ruínas, simultaneamente com o actual solo completamente estéril!

Urge que esse palavrório vazio, que actua como veneno sobre tudo o que se esforça para cima, desmorone em si mesmo em toda a sua vacuidade. —

Mal estabeleci a separação entre o Filho de Deus e o Filho do Homem, como duas personalidades, já surgem dissertações querendo esclarecer em enredos teológico-filosóficos que assim não é. Sem entrar objectivamente na minha indicação, procura-se conservar o erro antigo a qualquer preço, mesmo pelo preço da objectividade lógica, no modo sem clareza dos dogmas de até então. Teimosamente se insiste em algumas frases das velhas escrituras, excluindo qualquer pensamento próprio e, assim, também sob a condição não expressa de que os ouvintes e leitores igualmente não devam reflectir, menos ainda intuir; pois do contrário se reconhecerá rapidamente que com aquelas numerosas palavras nada fica fundamentado, porque fica impossível uma conclusão certa, quer no passado quer no futuro. Ainda mais visivelmente, porém, falta àquelas muitas palavras uma ligação com o fenómeno real.

Quem nisso finalmente se tornar capaz de abrir seus ouvidos e seus olhos terá de reconhecer, sem mais, a nulidade de tais “doutrinações”; é um derradeiro agarrar-se obstinado, que já não se pode mais denominar como um apegar-se a um apoio de até então, o qual em breve, em acontecimentos vindouros, evidenciar-se-á como nada.

A única fundamentação é formada por frases, cuja transmissão correcta não pode ser comprovada, as quais, pelo contrário, devido à impossibilidade de inclusão lógica nos fenómenos universais, mostram bem nitidamente que seu sentido chegou à retransmissão de modo desfigurado pelo cérebro humano. Nenhuma delas pode ser incluída, sem lacunas, nos fenómenos e na intuição. Mas somente onde tudo se fecha em um círculo completo, sem fantasias e sem palavras de crença cega, todos os fenómenos são esclarecidos de modo certo! —

Contudo, por que se esforçar, se o ser humano não quer libertar-se de tal ideia fixa! Aconteça, pois, calmamente o que nessas condições agora terá de acontecer. Somente alguns poucos anos irão modificar tudo isso definitiva e impreterivelmente. —

Afasto-me com horror dos fiéis e de todos aqueles que, em sua falsa humildade e devido a tanto saber melhor, não reconhecem uma verdade singela, rindo dela até ou ainda querendo melhorá-la com benevolência. Quão depressa justamente esses se tornarão tão pequenos, pequenos mesmo, e perderão todo o apoio, porque não o têm nem na crença nem no seu saber. Terão o caminho, o qual obstinadamente querem manter, pelo qual não mais poderão voltar para a vida. O direito de escolha jamais lhes foi negado. —

Os que até aqui me acompanharam sabem que o ser humano se origina da parte suprema da Criação: do espiritual. Contudo, muitas diferenças têm de ser registadas ainda na região do espiritual. O ser humano terreno que se atreve a querer ser grande, que frequentemente nem hesita em rebaixar seu Deus como sendo o supremo daquele degrau ao qual ele pertence, que às vezes até ousa negá-Lo ou injuriá-Lo, na realidade nem é aquilo que um ou outro humilde, no melhor sentido, julga ser. O ser humano terreno não é um ser criado, mas apenas um ser desenvolvido. É uma diferença, como a criatura humana não pode imaginar. Uma diferença, que simplesmente nunca conseguirá abranger.

As palavras são belas e bem-vindas a muitos, as quais inúmeros professores trazem nos lábios, a fim de aumentar o número de adeptos. Contudo, até mesmo esses professores ignorantes estão ainda convictos de todos os erros que propagam e não sabem como é grande o dano que assim causam aos seres humanos!

Somente a certeza com relação àquela grande pergunta pode conduzir a uma ascensão: “O que sou eu?” Se ela não estiver resolvida antes de modo irrestrito, reconhecida, então a ascensão tornar-se-á amargamente difícil; pois voluntariamente os seres humanos não se dignam a tal humildade, que lhes proporciona o caminho certo, o qual também realmente podem seguir! Todos os acontecimentos têm comprovado isso de modo claro até a época actual. Mesmo a humildade fez desses seres humanos ou escravos, o que é tão errado quanto a presunção, ou eles também nessa humildade ultrapassaram em muito o alvo propriamente e puseram-se em um caminho, a cujo fim jamais podem chegar, porque a constituição do espírito não é suficiente para isso. Caem por isso em uma profundeza, que os faz despedaçarem-se, porque antes quiseram ser superiores demais. —

Unicamente os seres criados são imagens de Deus. São os primordialmente criados, os puro espirituais naquela verdadeira Criação, da qual tudo o mais pôde se desenvolver. Nas mãos desses encontra-se a direcção suprema de todo o espiritual. Eles são os ideais, exemplos eternos para a humanidade inteira. O ser humano terreno, pelo contrário, só pôde desenvolver-se ao formar-se posteriormente a partir dessa Criação constituída. Do pequenino gérmen espiritual inconsciente até uma personalidade auto-consciente.

Somente plenamente desenvolvido pela observância do caminho certo na Criação, torna-se cópia das imagens à semelhança de Deus! Ele mesmo, de modo algum, é a própria imagem! No meio jaz ainda um grande abismo até ele, em baixo!

Mas também a partir das legítimas imagens, o próximo passo de longe ainda não chega até Deus. Por isso, uma criatura humana terrena, finalmente, devia reconhecer tudo aquilo que se encontra entre ela e a sublimidade da divindade, que tanto se esforça por arrogar a si. O ser humano terreno julga tornar-se divino quando plenamente desenvolvido, ou pelo menos uma parte disso, ao passo que em sua máxima elevação apenas se torna a cópia de uma imagem de Deus! Permitido lhe é chegar até o átrio, aos vestíbulos do verdadeiro Castelo do Graal, como máxima distinção que possa ser conferida a um espírito humano. —

Lançai fora, finalmente, essa presunção que só vos pode impedir, uma vez que com isso perdeis o caminho luminoso. Os que se acham no Além, que querem dar ensinamentos bem-intencionados nos círculos espíritas, nada sabem a respeito; pois a eles próprios ainda falta o necessário reconhecimento para tanto. Poderiam rejubilar-se, se lhes fosse permitido ouvir a respeito disso. Também entre eles não deixará de vir o grande lamento, quando chegar o reconhecimento do tempo perdido em brincadeiras e obstinação.

Assim como na região espiritual, também é no enteal. Aqui os guias de todos os elementos são enteais primordialmente criados. Todos os enteais que se tornam conscientes, como as ondinas, os elfos, os gnomos, as salamandras, etc., não são entes criados, mas apenas desenvolvidos, oriundos da Criação. Desenvolveram-se, portanto, da parte enteal, desde a semente enteal inconsciente até o enteal consciente, pelo que, na consciencialização, adquirem também formas humanas. Isso se processa sempre simultaneamente com a consciencialização. É a mesma graduação aqui no enteal como, mais acima, no espiritual. Os primordialmente criados dos elementos têm no enteal, da mesma maneira que os primordialmente criados no espiritual, forma masculina ou feminina, segundo a espécie de sua actividade. Daí o conceito na antiguidade de deuses e deusas. É aquilo a que já me referi na minha dissertação “Deuses – Olimpo – Valhala”. *(Dissertação Nº 82)

Uma grande e uniforme disposição perpassa a Criação e o Universo!

O ouvinte e o leitor de minhas dissertações trabalhem sempre em si mesmos, coloquem sondas e pontes de uma dissertação para a outra, bem como para fora, para os grandes e pequenos fenómenos universais! Só então podem compreender a Mensagem do Graal, e perceberão que com o tempo ela se fecha em um todo completo, sem deixar lacunas. Nos fenómenos, o leitor voltará sempre de novo para os elementos básicos. Pode esclarecer tudo e tirar conclusões de tudo, sem precisar modificar uma só frase. Quem vê lacunas, a este falta a compreensão completa. Quem não reconhece a grande profundidade, aquilo que abrange tudo, é superficial e nunca tentou penetrar vivamente no espírito da Verdade aqui enunciada.

Deixai que ele se associe àquelas massas que, em vaidade e na ilusão de já terem o máximo saber, seguem pela estrada larga. A ilusão do saber impede os assim perdidos de ver o que é vivo em outros pronunciamentos, e que ainda falta a seu saber aparente. Para onde olham, o que ouvem, por toda parte se antepõe a satisfação própria daquilo que julgam ter firmemente nas mãos. Somente quando atingirem aquele limite que inexoravelmente rejeita tudo o que é inverídico e tudo o que é aparente, reconhecerão, ao abrir as suas mãos, que estas nada contêm que lhes possibilite uma continuação do caminho e dessa forma, por fim, o ingresso no reino do espírito. Mas então já é tarde demais para voltar pelo caminho e retomar o que foi rejeitado e não levado em consideração. Para tanto, não há mais tempo suficiente. O portal de entrada está fechado. A última possibilidade, perdida. —

Enquanto o ser humano não se tornar assim como deve, mas permanecer ainda preso naquilo que ele deseja, não pode falar de uma verdadeira condição humana. Deve ter sempre em mente que apenas se originou da Criação, e não directamente das mãos do Criador.

Jogos de palavras, no fundo é uma só coisa expressa apenas de modo diferente”, dizem presunçosos e podres frutos ocos dessa humanidade, porque sempre serão incapazes de intuir a grande diferença que aí existe. A simplicidade das palavras faz com que se enganem novamente.

Apenas quem é vivo dentro de si não passará descuidadamente por cima disso, mas intuirá as imensuráveis distâncias e as rigorosas delimitações.

Se eu quisesse mostrar todas as divisões da Criação já agora, muitas pessoas hoje, “em si” grandes, no reconhecimento de que as palavras contêm verdade, ficariam logo prostradas desesperadamente. Esmagadas pela percepção de sua nulidade e pequenez. A expressão tão frequentemente empregada “verme da terra” não é injustificada para os “superiores espiritualmente” que se vangloriam ainda hoje da inteligência, e os quais, em breve, muito em breve, terão de se tornar os ínfimos em toda a Criação, se não pertencerem aos condenados até. —

É chegado, pois, o tempo de reconhecer direito o mundo como tal. Não é sem razão que se separa o mundano do espiritual, mesmo na vida terrena. Essas denominações certamente se originaram da capacidade correcta de pressentimento de diversas pessoas; pois reflectem também a diferença na Criação inteira. Também a Criação podemos dividir em Paraíso e mundo, isto é, no espiritual e no mundano. Também com isso não fica excluído o espiritual no mundano, mas sim o mundano no espiritual.

O mundo nós devemos denominar de materialidade, que também é propulsada pelo espiritual. O espiritual é o reino espiritual da Criação, o Paraíso, onde fica excluído tudo o que é material. Temos, por conseguinte, Paraíso e mundo, espiritual e material, Criação primordial e desenvolvimento, que também pode ser denominado de formação posterior natural.

A verdadeira Criação é exclusivamente o Paraíso, o actual reino espiritual. Tudo o mais é apenas algo desenvolvido, portanto, não mais algo criado. E o desenvolvido deve ser designado com a expressão mundo. O mundo é transitório, desenvolve-se das emanações provenientes da Criação, imitando-a em imagens, impulsionado e mantido através de emanações espirituais. Amadurece, para então, no superamadurecimento, novamente decompor-se. O espiritual, porém, não envelhece conjuntamente, mas sim permanece eternamente jovem, ou expresso de outro modo: eternamente igual.

Somente no mundo são possíveis culpa e expiação! Isso decorre da imperfeição do desenvolvimento posterior. Culpa de qualquer espécie é completamente impossível no reino do espírito.

Quem tiver lido as minhas dissertações com seriedade, a este isto fica bem claro. Sabe que nada de todo o espiritual, que perflui o Universo, pode voltar ao puro espiritual, enquanto ainda estiver aderida ao espiritual uma partícula de outra espécie, proveniente da peregrinação. A menor partícula torna impossível a ultrapassagem de um limite para o espiritual. Ela retém, mesmo que o espírito tenha avançado até o limiar. Com essa derradeira partícula ele não pode ingressar, porque essa partícula, devido a sua constituição diferente e inferior, não permite a entrada, enquanto ainda estiver aderida ao espiritual. Só no momento em que tal partícula se desliga, cai para trás, o espírito se torna totalmente livre e adquire com isso a mesma leveza que se encontra na camada mais inferior do espiritual e que, portanto, existe como lei para esta camada inferior do espiritual, e ele não só pode, mas tem de passar pelo limiar, onde, até então, ainda havia sido retido por causa da derradeira partícula.

O fenómeno pode ser observado e descrito de tantos ângulos, pouco importando com que palavras é retransmitido figuradamente, permanece em si exactamente o mesmo. Posso enfeitá-lo com as mais fantásticas narrativas, posso servir-me de muitas parábolas para torná-lo compreensível, o facto em si, no entanto, é singelo, bem simples e provocado pelo efeito das três leis que frequentemente mencionei.

Enfim, pode-se dizer também, com razão, que no Paraíso, portanto, no puro espiritual, jamais um pecado consegue manifestar-se, ele não será atingido por nenhuma culpa, por ser criado pelo próprio Espírito Santo. Consequentemente, apenas o que é criado tem pleno valor, ao passo que mais tarde então, naquilo que progressivamente se desenvolveu disso como cópia da Criação divina, que foi cedida totalmente ao espírito humano para o seu desenvolvimento e fortalecimento, como campo de actividade, pôde surgir uma culpa pela vontade errónea desses indolentes espíritos humanos, a qual tem de ser expiada por remissão, antes que o espiritual seja capaz de regressar. Quando sementes espirituais partem da Criação, isto é, do Paraíso, seguindo um impulso por elas escolhido, a fim de empreender uma peregrinação por aquele mundo, então, evidentemente, pode-se dizer, de modo figurado, que os filhos deixam a pátria, a fim de aprender, e depois voltar plenamente amadurecidos. Tal expressão é justificada, se for tomada figuradamente. Tudo, no entanto, deve permanecer sempre figuradamente, não deve ser transformado em algo pessoal, conforme se tenta por toda parte. Visto que o espírito humano só se carrega de culpa no mundo, por ser impossível algo assim no espiritual, então, evidentemente, também não pode voltar para o reino espiritual, antes que se liberte dessa culpa que nele pesa. A tal respeito, eu poderia tomar milhares de imagens, todas poderiam ter em si somente o único sentido fundamental, que muitas vezes já dei no efeito das simples três leis básicas.

Soa estranho a muitos, quando descrevo o fenómeno de modo objectivo, porque o que é figurado lisonjeia a sua presunção e o amor próprio. O ser humano prefere estar no seu mundo de sonhos; pois aí tudo soa muito mais bonito, aí ele próprio se sente muito mais importante do que realmente é. Comete nisso então o erro de não querer ver o que é objectivo, excede-se em fantasias, perde assim o caminho e seu apoio, e fica horrorizado, talvez até revoltado, quando lhe mostro agora com toda a simplicidade e sobriamente como a Criação é, e qual o papel que ele realmente representa nela. É para ele uma transição, como a de uma criança pequena que, sob os cuidados carinhosos de uma mãe ou de uma avó, pôde ouvir contos, feliz, com os olhos cintilantes e as faces aquecidas pelo entusiasmo, para então, finalmente, ver o mundo e os seres humanos na realidade. Completamente diferente do que soa nos belos contos, contudo, em uma análise mais rigorosa e retrospectiva desses contos, basicamente idêntico. O momento é amargo, porém, necessário, senão uma criança não poderia progredir e sucumbiria com grande sofrimento como “estranha ao mundo”.

Aqui não é diferente. Quem quiser ascender mais, este terá que conhecer finalmente a Criação em toda a sua realidade. Terá de andar firme nos pés, não deve mais devanear em intuições que servem bem para uma criança irresponsável, mas não para uma pessoa madura, cuja força de vontade penetra na Criação, de modo favorecedor ou perturbador, e com isso a eleva ou a destrói.

Moças que lêem romances que deturpam e colocam uma máscara sobre a vida real, experimentarão mui rapidamente amargas decepções na vida com a fantasia assim despertada, muitas vezes ficarão até traumatizadas por toda a sua existência terrena, como presa fácil da falsidade inescrupulosa, da qual se aproximaram confiantemente. Não é diferente na evolução de um espírito humano na Criação.

Por isso, fora com tudo o que é figurado, que o ser humano nunca aprendeu a entender, porque foi demasiadamente comodista para a seriedade de uma interpretação certa. É chegado o tempo de caírem os véus, e de ele ver claramente de onde veio, que obrigações lhe impõe a sua tarefa, e também para onde terá de ir. Para tanto, necessita do caminho! E esse caminho ele o vê claramente indicado na minha Mensagem do Graal, pressuposto que o queira ver. A Palavra da Mensagem do Graal é viva, de modo que só se deixa encontrar abundantemente por aquelas pessoas, que têm na alma verdadeiro e sincero anseio! Tudo o mais ela repele naturalmente.

Para os presunçosos e para os que procuram apenas superficialmente, a Mensagem permanece o livro com sete selos!

Somente quem se abrir espontaneamente receberá. Se ele, de antemão, começa a leitura com disposição sincera e pura, tudo o que procura florescer-lhe-á em maravilhosa realização! Todavia, os que não forem de coração inteiramente puro serão repelidos por esta Palavra, ou ela se fechará diante dos falsos olhares. Não encontrarão nada! Assim, cada um terá o seu julgamento, exactamente conforme ele se posicionar diante desta Palavra. —

O tempo de sonhar passou. A Palavra traz o Juízo. Ela separa os espíritos humanos naturalmente segundo a diversidade de sua compreensão. Esse acontecimento é, pois, por sua vez, tão simples e natural, que para a maioria dos seres humanos será simples demais, de modo que nisso novamente não reconhecerão o grande e poderoso Juízo, que com isso se inicia.

O Juízo processa-se nos dias dessa primeira separação de todos os espíritos humanos, que a respectiva assimilação da nova Palavra de Deus impõe a cada um individualmente! Não se encontra somente nas consequências posteriores que se seguem à separação, quando então cada um deve concluir o caminho para o qual se decidiu, no qual ele encontrará sua recompensa ou seu castigo.

Para, no entanto, sacudir antes mais uma vez todos os seres humanos, dar oportunidade para uma reflexão séria, na qual talvez muitos ainda agarrem aquela corda de salvação, que unicamente conduz para fora desses baixios, chegam acontecimentos de espécie tão grave, como a humanidade obstinada talvez nem sonha de estarem tão perto. Quão facilmente muito disso poderia ter sido poupado! Agora, porém, é tarde demais. Que os acontecimentos exaustivos ainda se tornem a salvação para muitos, tão logo nisso se dêem conta da nulidade de falsos profetas e também de líderes, nos quais agora confiam tanto; pois somente a Verdade irá sobreviver vitoriosamente à época iminente, e deixará reconhecer em breve o líder determinado por Deus, ao qual, unicamente, é dada a força para ajudar na desesperadora aflição espiritual e também terrena!

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Actualização mais recente desta página: 4 de Março de 2020